Doutrina Unicista e o Filho de Deus
Introdução
Ao ouvir acusações contra a doutrina unicista, pesquisei diversas fontes, comparando-as com a Bíblia e, sinceramente, não encontrei erros doutrinários.
Em termos teológicos, atribuições a Deus de partes do corpo humano são antropomorfismos. O Deus que é Espírito (Jo 4:24) assume corpo físico permanente na encarnação: o Filho nascido de Maria.
Segundo a teologia bíblica unicista, o verdadeiro mistério da Divindade é a Encarnação, e foi revelado. A pergunta honesta é: os unicistas creem no Filho de Deus? A resposta, à luz da Bíblia, é sim.
Música: Chuva de Sangue (Voz da Verdade)
Chuva de sangue eu sinto aqui cair, Lava minha alma e cura o meu ser, Sangue de Deus que me fez filho seu, Meu DNA tem o código do filho de Deus.
1. O Mistério da Piedade: Deus Manifesto em Carne
Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. João 3:16
Aquele que crê no Filho tem a vida eterna; mas aquele que não crê no Filho não verá a vida, mas a ira de Deus sobre ele permanece. João 3:36
O coração da confissão unicista é que o único Deus eterno se revelou historicamente em Jesus Cristo. Não se trata de uma “segunda pessoa” coeterna chamada “Deus Filho”, mas do próprio Deus que entrou na história (Jo 1:14; Cl 1:15; Cl 2:9).
Deus foi manifestado em carne, justificado no Espírito, visto pelos anjos, pregado entre as nações, crido no mundo e recebido na glória. (1Tm 3:16)
2. O Filho na Economia da Salvação
A teologia bíblica da Unicidade explica que o termo Filho fala da manifestação do único Deus em carne. “Filho” refere-se à natureza humana de Cristo somente ou à união de deidade e humanidade. O termo não pode ser usado quando separado da encarnação de Deus; nunca pode apenas se referir à deidade.
É importante salientar que a Bíblia Sagrada jamais menciona o termo “Deus Filho”, a “doutrina do Filho eterno” e a “geração eterna”. A frase “Filho unigênito” não se refere à geração do Pai, mas à concepção miraculosa de Jesus no ventre da virgem pelo Espírito Santo.
As Escrituras situam o Filho na história da salvação:
- Concepção: “...o ente Santo que há de nascer será chamado Filho de Deus.” (Lc 1:35)
- Plenitude do tempo: “Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei.” (Gl 4:4)
- Proclamação: “Tu és meu Filho, eu hoje te gerei.” (Hb 1:5)
Conclui-se que a filiação está ligada à encarnação e missão do Deus único na plenitude do tempo. Ao final do plano redentor, o Filho se sujeita para que Deus seja tudo em todos (1Co 15:28).
3. Duas Naturezas em Uma Pessoa
Na cristologia unicista, as referências a “Pai e Filho” distinguem deidade e humanidade de Cristo — não duas pessoas distintas. Assim:
- Como Pai (deidade): fala e age com autoridade divina.
- Como Filho (humanidade): vive plenamente a condição humana, em obediência e sofrimento.
Ambas as naturezas coexistem sem conflito em uma única Pessoa (Jo 10:30; Jo 14:9).
4. Por que “Sangue de Deus”?
Fundamentação bíblica:
- Atos 20:28: “...a igreja de Deus, que Ele resgatou com o seu próprio sangue.”
- Colossenses 2:9: “Em Cristo habita corporalmente toda a plenitude da divindade.”
Logo, o sangue derramado na cruz é atribuído a Deus manifestado em carne. Essa ênfase aparece, por exemplo, na canção “Chuva de Sangue” (Conjunto Voz da Verdade), que reforça a filiação e transformação do crente em Cristo.
5. Fé no Filho de Deus
Os unicistas confessam explicitamente a fé no Filho:
- “Deus amou o mundo... deu o seu Filho unigênito...” (Jo 3:16)
- “Aquele que crê no Filho tem a vida eterna...” (Jo 3:36)
- “Jesus Cristo é o Deus verdadeiro e a vida eterna.” (1Jo 5:20)
A teologia unicista não prega a negação do Filho, mas a compreensão: Filho refere-se à encarnação do único Deus, e não a uma segunda pessoa divina coeterna e distinta.
6. Três Títulos, Um Nome
- Pai: Deus em Sua essência eterna.
- Filho: Deus manifestado em carne.
- Espírito Santo: Deus habitando no crente.
Tudo converge para um Nome: Jesus (Fp 2:9–11). “Quem me vê a mim, vê o Pai” (Jo 14:9).
7. Filho: Manifestação do Pai
O Filho não é “outra pessoa” ou “pessoa distinta” em relação a Deus. É antes, a manifestação do Pai em um corpo humano. Qual o respaldo bíblico?
- Isaías 9:6 (NVI): o chama “...menino… filho (Seu corpo humano), e também, Deus Poderoso, Pai Eterno (Sua divindade).”
- Mateus 16:18: Jesus afirmou: “edificarei minha igreja.”
- João 1:3 (ARC): “Todas as coisas foram feitas por ele [o Verbo, Jesus], e sem ele, nada do que foi feito se fez”.
Estes textos provam ser Jesus o Pai Eterno, o Pai da Igreja, o Pai de toda a Criação, o único Pai...
Em suma, Filho é sua encarnação para resgate, sacrifício, salvação, e Pai é o que Jesus sempre foi em seu estado eterno.
Conclusão
À luz das Escrituras, os irmãos unicistas creem no Filho de Deus e O confessam como o próprio Deus manifestado em carne. Essa confissão não diminui, mas exalta a glória de Cristo.
Quer ver Deus? Olhe para o Cordeiro. Olhe para o Leão da tribo de Judá. O Cordeiro é Jesus. O Leão é Jesus. Jesus é Deus!
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